Rainhas de Portugal

Rainhas de Portugal

maio 04, 2012

«Rainhas de Portugal e Espanha»

Volume a incluir as rainhas Margarida de Áustria (1584-1611) e Isabel de Bourbon (1602-1644). Da autoria das historiadoras Pilar Pérez Canto, Esperanza Mó Romero e Laura Oliván Santaliestra.


Margarida de Áustria, arquiduquesa de Áustria por nascimento, veio ao mundo a 25 de dezembro de 1584 na cidade de Graz. Filha do arquiduque Carlos, primo de Filipe I de Portugal, e da arquiduquesa Maria, era prima do imperador Rodolfo II. De uma família de quinze filhos, foi a décima primeira a nascer. Tal como os seus irmãos e irmãs, foi educada para ocupar altos cargos nas cortes europeias e para servir dois objetivos: defender a fé católica e fortalecer a dinastia habsburguesa. Casou-se com Filipe II de Portugal, seu parente e filho do mais importante rei da Casa de Áustria. Apesar da sua juventude e da sua condição de mulher não renunciou ao protagonismo político, defrontando o duque de Lerma e os seus aliados em defesa da família e da monarquia hispânica. Os cronistas da época louvaram as suas qualidades, e os seus súbditos não só a idealizaram como prolongaram o seu «poder» para além da morte. A rainha morreu com 26 anos, a 3 de outubro de 1611, deixando oito filhos varões à dinastia e tendo contribuído para a unidade da fé católica.



Isabel de Bourbon pode ser admirada num imponente retrato equestre do Museu do Prado, em Madrid. A tela mostra-nos uma rainha virtuosa, em pose firmemente entronizada. Na presente biografia seguimos o percurso desta mulher, filha de Henrique IV de Bourbon e de Maria de Médicis, futura esposa de Filipe III de Portugal, rainha consorte exemplar e, no final da vida, governadora da monarquia hispânica. Tendo passado uma infância entre jogos e bailes, o seu casamento em 1615 e o nascimento do príncipe, Baltasar Carlos, em 1629, conferiram-lhe um poder notável, tendo sido «embaixadora» da paz entre o irmão, Luís XIII, e o marido, Filipe III. Destaca-se o seu trabalho diplomático na assinatura do Tratado de Monzón e a mediação durante a guerra de Mântua. Em 1638 deu à luz a infanta Maria Teresa, que casaria com Luís XIV. De 1642 a 1644 assumiu as funções de regente para que Filipe se dedicasse à guerra da Catalunha. Faleceu no exercício da regência, o que ajudou a fortalecer a sua lenda. Hoje em dia, na sala do Museu do Prado, Isabel olha-nos altiva e complacente do alto do «trono» do seu cavalo.