A biografias das trinta e duas rainhas consortes de Portugal.
Círculo de Leitores | Temas e Debates
Rainhas de Portugal

setembro 30, 2011
Diário Câmara Clara (RTP2)
Entrevista com as três coordenadoras de obra, por Luís Caetano, no Diário Câmara Clara de dia 28 de setembro. Clique aqui para assistir à reportagem.
setembro 22, 2011
Jornal de Letras
A última edição do Jornal de Letras dedica artigo à coleção «Rainhas de Portugal».
A dada altura podemos ler...
«Esta coleção propõe-se colmatar os silêncios da Historiografia portuguesa em torno destas mulheres tantas vezes determinantes para o curso dos acontecimentos históricos...»
JL, 21 set.
setembro 20, 2011
Antena 2
A Força das Coisas
TVI24 Jornal
Entrevista em directo com uma das coordenadoras da coleção no Jornal (TVI24) de sábado, dia 17 de setembro.
Veja aqui a emissão.
Veja aqui a emissão.
Cartaz das Artes (TVI)
João Paulo Sacadura deixou como sugestão de leitura da emissão de 15 de setembro do Cartaz das Artes (TVI) a coleção «Rainhas de Portugal». Veja aqui emissão.
setembro 16, 2011
Na imprensa, na televisão.
O lançamento da coleção «Rainhas de Portugal» foi noticiada pelo Público e pelo Cartaz das Artes (TVI).
A emissão do Cartaz das Artes repete no sábado (17 set.) pelas 9h30, e no domingo (18 set.) pelas 16h30 na TVI24.
Imagens do lançamento no Museu Nacional do Azulejo
Feita a apresentação, o museu disponibilizou o acesso ao claustro onde o convívio e autógrafos tiveram lugar.
setembro 08, 2011
Apresentação da obra...
A primeira grande história das Rainhas de Portugal
32 biografias escritas de raiz
32 biografias escritas de raiz
Coleção em 18 volumes
Temáticas
O percurso de vida
- origem, nascimento, infância –
Casamento real
- arranjo e forças políticas, relacionamento com o marido –
Filhos
- o imperativo de uma descendência, partos, doenças, relação com os filhos –
Quotidiano
- hábitos, vestuário, alimentação, práticas religiosas -
Política e poder
- influência da rainha, marca e memórias deixadas pela rainha –
Os primeiros volumes a serem publicados são:
Os primeiros volumes a serem publicados são:
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De princesa a rainha-velha Leonor de Lencastre Autora: Isabel dos Guimarães Sá |
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Duas rainhas em tempo de novos equilíbrios europeus Maria Francisca Isabel de Saboia Maria Sofia Isabel de Neuberg Autores: Isabel Drumond Braga, Paulo Drumond Braga |
Coleção Completa
Títulos e Autores
«A Condessa-Rainha» - D. Teresa
Autores: Luís Carlos Amaral - Mário Jorge Barroca
«As Primeiras Rainhas»
Mafalda de Mouriana . Dulce de Aragão . Urraca de Castela . Mécia Lopez de Haro . Beatriz Afonso
Autores: Maria Alegria Fernandes Marques - Nuno Pizarro Pinto Dias - Bernardo Sá Nogueira - José Manuel Varandas - António Resende de Oliveira.
«Rainha Santa, Mãe Exemplar» - D. Isabel de Aragão
Autora: Maria Filomena Andrade«Uma Rainha Inesperada» - D. Leonor Teles
Autora: Isabel de Pina Baleiras
«A Rainha, as Infantas e a Aia»
Beatriz de Castela . Branca de Castela . Constança Manuel . Inês de Castro
Autoras: Vanda Lourenço - Adelaide Millán da Costa
«A Condessa-Rainha» - D. Teresa
Autores: Luís Carlos Amaral - Mário Jorge Barroca
«As Primeiras Rainhas»
Mafalda de Mouriana . Dulce de Aragão . Urraca de Castela . Mécia Lopez de Haro . Beatriz Afonso
Autores: Maria Alegria Fernandes Marques - Nuno Pizarro Pinto Dias - Bernardo Sá Nogueira - José Manuel Varandas - António Resende de Oliveira.
«Rainha Santa, Mãe Exemplar» - D. Isabel de Aragão
Autora: Maria Filomena Andrade«Uma Rainha Inesperada» - D. Leonor Teles
Autora: Isabel de Pina Baleiras
«A Rainha, as Infantas e a Aia»
Beatriz de Castela . Branca de Castela . Constança Manuel . Inês de Castro
Autoras: Vanda Lourenço - Adelaide Millán da Costa
setembro 07, 2011
Entrevista Exclusiva
Três mulheres. Historiadoras, dedicadas à procura das rainhas consortes que marcaram os destinos de Portugal. Uma investigação inédita, a quebrar silêncios, a desmontar equívocas imagens de perfeição ou perfídia, a revelar a origem, personalidade, quotidiano, e real influência das mulheres que se mantiveram na margem do poder – embora intimamente ligado a ele. Ana Maria Rodrigues, especialista em História Medieval, faz parte do Centro de História da Univ. de Lisboa. Manuela Santos Silva, também docente na Univ. de Lisboa, interessa-se pelas dinâmica social e pelo papel das mulheres na sociedade, ao passo que Isabel dos Guimarães Sá tem vindo a desenvolver uma importante investigação sobre o papel da família e das mulheres na história. Tendo trabalhado como investigadora na John Carter Brown Library, nos EUA, é actualmente membro do Instituto de Ciências Sociais de Univ. de Lisboa. Falámos com as três coordenadoras deste projecto.
Círculo de Leitores (CL) - Da Idade Média ao regicídio, imperam as palavras silêncio e sombra.
Isabel dos Guimarães Sá - As rainhas, no geral, eram mulheres tão bem preparadas como os homens para exercer o mando. A eventualidade de serem regentes na falta dos seus maridos era uma expectativa normal. Se houve rainhas irrelevantes e apagadas, o mesmo se pode dizer dos reis. A presente colecção pretende fazê-las sair da sombra e do silêncio relativamente à forma como viveram. O objectivo foi também o de as ver viver as suas vidas, e compreendê-las nas suas acções mais pequenas, e aparentemente irrelevantes.
CL - Marcante é também a ideia de construção de imagem das rainhas, nem sempre justa.
Ana Maria Rodrigues - Propositada ou involuntariamente, criaram-se em torno das rainhas, ao longo dos tempos, mitos e lendas, hoje de tal forma arraigados no imaginário nacional que se torna muito difícil apresentá-las de outra forma e fazer crer que ser rainha ia muito para além dessas imagens estereotipadas. Esperamos que esta colecção de biografias contribua, precisamente, para dissipar esses mitos, evidenciando ao mesmo tempo a imensa variedade de actividades, funções e papéis que as rainhas – tal como muitas outras mulheres de menor condição – puderam desempenhar no passado. As Rainhas de Portugal que estas biografias irão permitir aos leitores descobrir serão certamente diferentes das que eles conheceram na escola, nos filmes, nos jornais, e até em algumas publicações recentes. Nem poços de vícios ou modelos de virtudes, nem mulheres verdadeiras ressuscitados do passado, mas as consortes que as fontes disponíveis, lidas à luz das actuais teorias sobre o poder régio masculino e feminino (kingship e queenship), e submetidas às metodologias mais recentes da pesquisa histórica, nos permitiram recriar.
CL - Existe uma rainha (mulher, figura) que as tenham marcado ao longo da coordenação desta obra?
Ana Maria Rodrigues - Desenvolvi uma especial simpatia por D. Leonor de Aragão, que me pareceu uma mulher notável mas desvalorizada pela historiografia portuguesa já desde o tempo de Rui de Pina, o cronista que sobre ela mais falou. No tocante a outras soberanas, surpreendeu-me até que ponto a imagem, posteriormente construída, da Santa conseguiu ofuscar a Rainha política e diplomaticamente activa e a mulher autónoma que foi D. Isabel de Aragão até ao final da sua vida. E, para não me ficar apenas pelas rainhas medievais, apreciei particularmente a força interior e a sagacidade política de D. Luísa de Gusmão, que revelou não ser apenas a mulher ambiciosa e fútil contida na célebre frase “Mais vale ser rainha por um dia que duquesa toda a vida”.
Manuela Santos Silva – No meu caso, a pesquisa sobre a vida de Filipa de Lencastre, revelou-me, de forma muito clara, a construção que a própria dinastia de Avis fez da imagem da sua fundadora, embora não conseguindo ensombrar certas características muito próprias desta senhora. Foi criada em Inglaterra num ambiente socioeconómico e cultural muito diferente do que encontrou em Portugal, numa corte régia em tempo de guerra e por um rei “feito” em cortes, e esse substrato educacional explica a sua capacidade de intervenção em muitas matérias da governação, da organização da corte e da criação dos filhos.
Isabel dos Guimarães Sá – Eu teria de referir Isabel de Castela, filha mais velha dos Reis Católicos, mulher do príncipe D. Afonso e depois casada com D. Manuel, de quem foi a primeira rainha. Uma personalidade forte, e enigmática. Este caso marcou-me porque Isabel só foi rainha de Portugal escassos meses, morrendo de parto. E no entanto o seu casamento marcou a história de muitas pessoas, do Reino inteiro. O que comprova que não precisou sequer de chegar a rainha para ter uma enorme importância política.
CL - Dou um salto no tempo. Usadas como peças de xadrez (de estratégia política), em que momento (se é que isso acontece) as ideias de amor e liberdade penetram o sentir das futuras rainhas?
Isabel dos Guimarães Sá - Só no Romantismo, quando se afirma o primado dos sentimentos individuais. É preciso esperar pelo século XIX. Mesmo assim, para uma rainha o sentido do dever sempre foi mais forte: ossos do ofício...
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