Rainhas de Portugal

Rainhas de Portugal

setembro 30, 2011

Diário Câmara Clara (RTP2)

Entrevista com as três coordenadoras de obra, por Luís Caetano, no Diário Câmara Clara de dia 28 de setembro. Clique aqui para assistir à reportagem.


setembro 22, 2011

Jornal de Letras

A última edição do Jornal de Letras dedica artigo à coleção «Rainhas de Portugal».
A dada altura podemos ler...

«Esta coleção propõe-se colmatar os silêncios da Historiografia portuguesa em torno destas mulheres tantas vezes determinantes para o curso dos acontecimentos históricos...»
JL, 21 set.

setembro 20, 2011

Antena 2
A Força das Coisas

Luís Caetano convidou as três coordenadores da coleção para o seu especial programa na Antena 2, a Força das Coisas. A emissão teve lugar no sábado, dia 17 setembro, pelas 16h, mas aqui fica o link.
Ouça aqui.

TVI24 Jornal

Entrevista em directo com uma das coordenadoras da coleção no Jornal (TVI24) de sábado, dia 17 de setembro.
Veja aqui a emissão.

Cartaz das Artes (TVI)

João Paulo Sacadura deixou como sugestão de leitura da emissão de 15 de setembro do Cartaz das Artes (TVI) a coleção «Rainhas de Portugal».  Veja aqui emissão.

setembro 16, 2011

Na imprensa, na televisão.



O lançamento da coleção «Rainhas de Portugal» foi noticiada pelo Público e pelo Cartaz das Artes (TVI).

A emissão do Cartaz das Artes repete no sábado (17 set.) pelas 9h30, e no domingo (18 set.) pelas 16h30 na TVI24.

Imagens do lançamento no Museu Nacional do Azulejo


O Museu Nacional do Azulejo, antigo convento mandado edificar por D. Leonor em 1509, acolheu o lançamento da coleção «Rainhas de Portugal» do Círculo de Leitores. A apresentação da obra teve lugar na Sala da Grande Vista de Lisboa. Cheia a sala, a temperatura foi aumentando, não sem que pudéssemos primeiro ouvir um pouco cada uma das três coordenadoras da coleção. Isabel dos Guimarães Sá sublinhou a qualidade desta obra editada pelo Círculo de Leitores que tem sabido ao longo dos anos acolher os grandes projetos editoriais na área da investigação histórica, ao passo que Ana Maria S.A. Rodrigues apontou a nova abordagem desta obra sobre as fontes existentes, a olharem, pela primeira, vez o papel da rainhas-consortes. Como apontaria Manuela Santos Silva, esta obra procura a vida de mulheres reais, que existiram, com personalidades e percursos a descobrir.

Feita a apresentação, o museu disponibilizou o acesso ao claustro onde o convívio e autógrafos tiveram lugar.

setembro 08, 2011

Apresentação da obra...


A primeira grande história das Rainhas de Portugal
32 biografias escritas de raiz
Coleção em 18 volumes

A primeira grande história das Rainhas de Portugal. A sua vida, quotidiano, amores e ódios, poder e influência, inteligência e beleza. Sob a coordenação de três investigadoras, Ana Maria S.A. Rodrigues, Manuela Santos Silva e Isabel dos Guimarães Sá, esta obra procura o lado sombra da História. Na sombra dos tempos sempre encontrámos o inegável contributo das mulheres. Destinadas ao casamento, vindas de fora, ou pertencendo à corte, cada rainha deixou uma marca. Nem sempre a imagem que deixaram lhes fez justiça. De umas ficou memória da virtude, de outras a ambição ou mesquinhez, quase todos se subjugaram à exigência de uma prole real, mas nem todas conseguiram ser mães. Cultas ou devotas, amadas ou ignoradas, é também das suas vidas que se faz a nossa História. Conheça, por dentro, o lado mais pessoal e íntimo de cada uma das rainhas de Portugal.


Temáticas
O percurso de vida
- origem, nascimento, infância –
Casamento real
- arranjo e forças políticas, relacionamento com o marido –
Filhos
- o imperativo de uma descendência, partos, doenças, relação com os filhos –
Quotidiano
- hábitos, vestuário, alimentação, práticas religiosas -
Política e poder
- influência da rainha, marca e memórias deixadas pela rainha –


Os primeiros volumes a serem publicados são:
De princesa a rainha-velha
Leonor de Lencastre
Autora: Isabel dos Guimarães Sá
  



Duas rainhas em tempo
de novos equilíbrios europeus
Maria Francisca Isabel de Saboia
Maria Sofia Isabel de Neuberg
Autores: Isabel Drumond Braga, Paulo Drumond Braga

Coleção Completa

Títulos e Autores
«A Condessa-Rainha»  - D. Teresa
Autores: Luís Carlos Amaral - Mário Jorge Barroca

«As Primeiras Rainhas»

Mafalda de Mouriana . Dulce de Aragão . Urraca de Castela . Mécia Lopez de Haro . Beatriz Afonso
Autores: Maria Alegria Fernandes Marques - Nuno Pizarro Pinto Dias - Bernardo Sá Nogueira - José Manuel Varandas - António Resende de Oliveira.

«Rainha Santa, Mãe Exemplar» - D. Isabel de Aragão
Autora: Maria Filomena Andrade
«Uma Rainha Inesperada» - D. Leonor Teles
Autora: Isabel de Pina Baleiras


«A Rainha, as Infantas e a Aia»
Beatriz de Castela . Branca de Castela . Constança Manuel . Inês de Castro
Autoras: Vanda Lourenço - Adelaide Millán da Costa

setembro 07, 2011

Entrevista Exclusiva


Rainhas de Portugal
Em busca da vida, personalidade e poder...

Três mulheres. Historiadoras, dedicadas à procura das rainhas consortes que marcaram os destinos de Portugal. Uma investigação inédita, a quebrar silêncios, a desmontar equívocas imagens de perfeição ou perfídia, a revelar a origem, personalidade, quotidiano, e real influência das mulheres que se mantiveram na margem do poder – embora intimamente ligado a ele. Ana Maria Rodrigues, especialista em História Medieval, faz parte do Centro de História da Univ. de Lisboa. Manuela Santos Silva, também docente na Univ. de Lisboa, interessa-se pelas dinâmica social e pelo papel das mulheres na sociedade, ao passo que Isabel dos Guimarães Sá tem vindo a desenvolver uma importante investigação sobre o papel da família e das mulheres na história. Tendo trabalhado como investigadora na John Carter Brown Library, nos EUA, é actualmente membro do Instituto de Ciências Sociais de Univ. de Lisboa. Falámos com as três coordenadoras deste projecto.
Círculo de Leitores (CL) - Da Idade Média ao regicídio, imperam as palavras silêncio e sombra.
Isabel dos Guimarães Sá - As rainhas, no geral, eram mulheres tão bem preparadas como os homens para exercer o mando. A eventualidade de serem regentes na falta dos seus maridos era uma expectativa normal. Se houve rainhas irrelevantes e apagadas, o mesmo se pode dizer dos reis. A presente colecção pretende fazê-las sair da sombra e do silêncio relativamente à forma como viveram. O objectivo foi também o de as ver viver as suas vidas, e compreendê-las nas suas acções mais pequenas, e aparentemente irrelevantes.

CL - Marcante é também a ideia de construção de imagem das rainhas, nem sempre justa.
Ana Maria Rodrigues - Propositada ou involuntariamente, criaram-se em torno das rainhas, ao longo dos tempos, mitos e lendas, hoje de tal forma arraigados no imaginário nacional que se torna muito difícil apresentá-las de outra forma e fazer crer que ser rainha ia muito para além dessas imagens estereotipadas. Esperamos que esta colecção de biografias contribua, precisamente, para dissipar esses mitos, evidenciando ao mesmo tempo a imensa variedade de actividades, funções e papéis que as rainhas – tal como muitas outras mulheres de menor condição – puderam desempenhar no passado. As Rainhas de Portugal que estas biografias irão permitir aos leitores descobrir serão certamente diferentes das que eles conheceram na escola, nos filmes, nos jornais, e até em algumas publicações recentes. Nem poços de vícios ou modelos de virtudes, nem mulheres verdadeiras ressuscitados do passado, mas as consortes que as fontes disponíveis, lidas à luz das actuais teorias sobre o poder régio masculino e feminino (kingship e queenship), e submetidas às metodologias mais recentes da pesquisa histórica, nos permitiram recriar.
CL - Existe uma rainha (mulher, figura) que as tenham marcado ao longo da coordenação desta obra?
Ana Maria Rodrigues - Desenvolvi uma especial simpatia por D. Leonor de Aragão, que me pareceu uma mulher notável mas desvalorizada pela historiografia portuguesa já desde o tempo de Rui de Pina, o cronista que sobre ela mais falou. No tocante a outras soberanas, surpreendeu-me até que ponto a imagem, posteriormente construída, da Santa conseguiu ofuscar a Rainha política e diplomaticamente activa e a mulher autónoma que foi D. Isabel de Aragão até ao final da sua vida. E, para não me ficar apenas pelas rainhas medievais, apreciei particularmente a força interior e a sagacidade política de D. Luísa de Gusmão, que revelou não ser apenas a mulher ambiciosa e fútil contida na célebre frase “Mais vale ser rainha por um dia que duquesa toda a vida”.
Manuela Santos Silva – No meu caso, a pesquisa sobre a vida de Filipa de Lencastre, revelou-me, de forma muito clara, a construção que a própria dinastia de Avis fez da imagem da sua fundadora, embora não conseguindo ensombrar certas características muito próprias desta senhora. Foi criada em Inglaterra num ambiente socioeconómico e cultural muito diferente do que encontrou em Portugal, numa corte régia em tempo de guerra e por um rei “feito” em cortes, e esse substrato educacional explica a sua capacidade de intervenção em muitas matérias da governação, da organização da corte e da criação dos filhos.
Isabel dos Guimarães Sá – Eu teria de referir Isabel de Castela, filha mais velha dos Reis Católicos, mulher do príncipe D. Afonso e depois casada com D. Manuel, de quem foi a primeira rainha. Uma personalidade forte, e enigmática. Este caso marcou-me porque Isabel só foi rainha de Portugal escassos meses, morrendo de parto. E no entanto o seu casamento marcou a história de muitas pessoas, do Reino inteiro. O que comprova que não precisou sequer de chegar a rainha para ter uma enorme importância política.
CL - Dou um salto no tempo. Usadas como peças de xadrez (de estratégia política), em que momento (se é que isso acontece) as ideias de amor e liberdade penetram o sentir das futuras rainhas? 
Isabel dos Guimarães Sá - Só no Romantismo, quando se afirma o primado dos sentimentos individuais. É preciso esperar pelo século XIX. Mesmo assim, para uma rainha o sentido do dever sempre foi mais forte: ossos do ofício...